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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Breve Reflexão sobre São Paulo

     Cada vez mais a cidade se fecha em cinza
     Cada vez mais as pessoas se fecham em seus pequenos mundos de mão.
     Cada vez mais elas fecham um estereótipo de juventude, beleza e diversão.
     Você não vê mais a cidade, você vê a solidão de cada um andando em meio a multidão que cada vez é mais sozinha. 

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Sobre morar sozinha.

     Antes de completar 18 anos o sonho da vida de 10 entre 10 adolescentes é ter sua independência e isso significa morar sozinho.
     Meu pai sempre brincou dizendo que eu nunca teria um quarto só pra mim. Realmente acho que foi praga. Pois quando deixei de dividir o quarto com a minha vó, passei a dividir com meu "irmão", depois fui morar com meu namorado, chegando na faculdade dividi o quarto com outras duas meninas. Ou seja, são quase 20 anos de nenhuma privacidade.
     Em parte não ligo muito pra isso da privacidade, não me importo de me trocar na frente das pessoas e digamos que eu acabo me tornando intima delas com certa facilidade.
     Mas o que tem me incomodado nessa vida em dividir um quarto com uma pessoa que você mal conhece e que é totalmente diferente de você são essas rotinas da casa. Desde ir no mercado comprar coisas básicas, até lavar uma louça ou zelar pela ordem.
     Meu quarto nunca está em ordem, eu já dei alguns surtos arrumei tudo mas não se conserva. Eu basicamente desisti de tentar viver em ordem, minha via tem sido em meio ao caos e isso me faz agonizar.
     A cada cinco minutos me dá uma vontade de largar tudo e ir morar sozinha, porém eu particularmente não se se conseguiria me virar bem... Tenho medo de dormir sozinha e odeio ficar sozinha... Mas um dia eu vou ter que superar isso, então começo a achar que essa seja a melhor hora pra essa mudança. 

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Repente

     E de repente, não mais que de repente. Já são quase 3h da manhã e no meio de toda essa nostalgia eu percebo que:
                                         
  • Já não tenho mais 15 anos, meu ensino médio ficou pra trás já faz um bom tempo;
  • Tive muitos tropeços amorosos, vergonhas inacreditáveis... Ressacas morais das piores possível;
  • Um dia passei a amar, a me imaginar e desejar situações que jamais havia imaginado;
  • Amei, amei demais. Morei junto, construí um lar, um circulo de amigos uma rotina, uma vida a dois. Compramos um cachorro;
  • Iniciei uma graduação onde o conteúdo me aburria, mas a universidade em si me fazia feliz... As amizades foram loucas;
  • Foram muitas brigas, muitos surtos, amigos indo voltando, amigos que não podiam ficar. Abrindo mão de tudo para o amor;
  • Desistir dessa graduação e fui para outra onde tudo dito naquelas salas me fascinava porém eu não sentia pronta a digerir todo aquele conhecimento;
  • Depois de muitas brigas, muitas intempéries, resolvi chegar onde estou...

     Onde estou?
          Longe de tudo e todos onde eu jamais imaginaria em nenhum daqueles juvenis textos, em uma situação que eu imaginava totalmente diferente caso viesse a ocorrer.
     Arrependimentos?
          Alguns, na verdade muitos. Porém os trabalho e tento enfrentá-los no dia a dia para que sejam experiência e aprendizado.
     Hoje escrevo de Foz do Iguaçu, Tríplice Fronteira, Paraná, BR.

     19 anos, cabelo verde, imensa em alguns vícios, a beira de um surto e talvez, muito provavelmente feliz.

Pokemon

      Não sei por que motivos resolvi dar uma olhada no blog, ler coisas antigas... 
      E fui percebendo que cultivo esses escritos desde 2008... Com uma pausa de 2 anos até 2010 e agora depois de outra pausa de 2 anos direito de 2012 para 2014.
      É estranho ver postagens de quando eu tinha 15 anos e não me achar uma completa idiota, não que isso tenha mudado muito... 
      Incrível como meu jeito boba e apaixonada é exatamente o mesmo. Também pude observar como eu fiquei velha e sem imaginação pra falar de outra coisa que não fosse amor. É como ter uma veia de imaginação e ingenuidade cortada sem ao menos perceber.
      Percebi também que fiquei velha e já não tenho paciência pra escutar boa parte dessas musicas da minha adolescência.
      Também consegui perceber que tenho muitas saudades... Saudades de pessoas que eu não queria ter deixado pra traz em algum momento da vida, sempre quis elas sempre comigo e hoje elas estão longe. É certo que tenho outras pessoas, não que as substituam, jamais. Porém, são outros bons amigos e distintos amores.
      Acho muito valido todo esse meu registro dessas fazes da minha vida, queria faze-los melhor. Nos últimos anos muitas coisas aconteceram... Um dia eu explico melhor a minha evolução.




Foto: Gabriel Martins

sábado, 4 de outubro de 2014

Ponto de Paz

     Dias desses estava repensando em ir pra Júpiter.
      Mas não deu, a  NASA disse que não aceita mais animais para teste por lá. Agora só robôs, as sondas.
      Tentei, fugir... Sair pelas ruas, e não voltar mais. Também não deu.
      Tentei até pedir carona pra um caminhoneiro pra ir pra bem longe, mas ele me olhou com uma cara de tarado que eu resolvi ficar e preservar minha integridade.
      A ultima tentativa foi descer pelo ralo. Sempre me diziam isso quando eu demorava muito no banho. Fiquei lá horas tentando descer pelo ralo, mais não deu muito certo.
      Por fim, como nada deu muito certo, resolvi me fechar em um mundo onde tudo era perfeito. Ouvindo musica no ultimo volume, andando a pé pela cidade cinza, aproveitando que estava lá. Pensei bem em tudo que precisava. E mesmo assim, nada adiantava porque algumas coisas não saiam da minha cabeça, algumas cenas, palavras, conversas, musicas, poemas e poetas não saiam de jeito nenhum da minha cabeça, cada musica que passava me lembrava mais, cada lugar que passava me fazia querer fugir pra bem longe pra parar de pensar nisso.
      Mais não teve jeito, nem maneira. Nada tirava isso da minha cabeça. Comecei a pensar o que fazer. E nenhuma luz me vinha. Tentei de tudo, menos o suicídio, o que seria um tanto obvio. Mas depois de um tempo eu percebi, que nada ia adiantar, tudo ia me levar a um só lugar, um único ponto de paz.
      O meu ponto de paz, não é um lugar, um poema, um livro, uma musica é uma pessoa. Uma pessoa, o que pra mim é um enigma indecifrável.



Texto: Karen Nolasco
Em: sobre como meus pensamentos

rascunhados fazem sentidos em 

situações recentes.

Foto: Atilio Gazola

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Pájaros - Bomba Estereo



Son mis sentimientos que llevo dentro, mis sentimientos que llevo dentro
Son mis sentimientos que llevo dentro, mis sentimientos
De los pájaros del monte yo quisiera ser canario
Hay para cantá contigo, en los montes solitarios
De los pájaros del monte, yo quisiera sé canario
Ay para cantá contigo, en los montes solitarios
Se han convertido en pájaros que vuelan alto
Tan alto donde nadie los puede tocar
Libres de todo humano del dolor y el llanto

Más cerca de la risa y la brisa del mar
Se han convertido en pájaros que vuelan alto
Tan alto donde nadie los puede tocar
Libres de todo humano del dolor y el llanto
Más cerca de la risa y la brisa del mar
No puedes vé ni tocá, sólo sentí, sólo da
No puedes vé ni tocá, sólo sentí, sólo da
No puedes vé ni tocá, sólo sentí, sólo da
No puedes vé ni tocá, sólo sentí, sólo da
Y vuelan, vuelan, vuelan, vuelan, vuelan, vuelan alto
Lejos del suelo, cerca del cielo, allí nadie te va a pará

Libre de todo pensamiento, libre de dolor y llanto
y búscame cuando sepas a donde vas a llegar
Y vuelan, vuelan, vuelan, vuelan, vuelan, vuelan alto
Y vuelan, vuelan, vuelan, vuelan, vuelan, vuelan alto
Y vuelan, vuelan, vuelan, vuelan, vuelan, vuelan alto
Y vuelan, vuelan, vuelan, vuelan, vuelan, vuelan alto